artigos

Vaginismo e Dispareunia

São disfunções que podem ser orgânicas ou psicológicas causando contração involuntária da musculatura do assoalho pélvico dificultando ou impedindo a penetração na relação sexual.

A Dispareunia seria a dor que a paciente sente na tentativa de penetração e pode ser superficial (de introito) ou profunda.

Este quadro pode ser ocasionado por vários fatores: mecânicos, anatômicos, hormonais e psicológicos, entre outros. O Vaginismo com Dispareunia é comum na pós-menopausa pela falta de lubrificação, perda da elasticidade no canal vaginal e diminuição da libido, o que está diretamente relacionado aos fatores hormonais.

O Vaginismo nas pacientes mais jovens frequentemente está relacionado a problemas anatômicos de origem embrionária (agenesia ou estenose no canal vaginal) como também por sequelas causadas por trauma cirúrgico (parto ou cirurgia), relação sexual intempestiva, ou abuso sexual.

A expectativa de dor na relação sexual desencadeia a contração descontrolada da musculatura do assoalho pélvico gerando dor e desconforto que são progressivos.

A abordagem deve ser multidisciplinar envolvendo psicólogos, fisioterapeutas, e ginecologistas no intuito de se fazer o diagnóstico e o tratamento mais adequados.

Os tratamentos abrangem psicoterapia seguida ou não de fisioterapia do assoalho pélvico, reposição hormonal e, se for o caso, dilatadores vaginais.

Se não houver resultado, contamos atualmente com algumas alternativas:

  • Nas pacientes que estão no climatério, além da reposição hormonal, pode-se fazer o tratamento da mucosa vaginal e vulvar por meio de aplicações de laser CO2 ou aparelho de cirurgia de alta frequência (CAF). Estes 2 métodos estimulam a formação de colágeno e elastina aumentando assim a elasticidade e a lubrificação nesta região.
  • Nas pacientes mais jovens e que desejam ter vida sexual ativa, optamos por procedimento cirúrgico que consiste na liberação da musculatura da região da fúrcula vulvar. Este procedimento, na maioria das vezes, é feito com laser CO2 e anestesia local.

Em nenhum destes procedimentos existe a necessidade de internação.

Por se tratar de procedimentos pouco invasivos, os riscos são mínimos e podem proporcionar à mulher o retorno a uma vida sexual mais saudável.